Dra Mariana Lemos Osiro

Métodos contraceptivos para adolescentes: opções seguras e eficazes que você precisa conhecer

Olá! Que bom ter você aqui novamente. Eu sou a Dra. Mariana Osiro , ginecologista, e hoje quero conversar sobre um tema que, para muitas mães, é delicado, mas extremamente necessário: a escolha de métodos contraceptivos para adolescentes .

Se sua filha já começou a ter curiosidade ou até mesmo já deu os primeiros passos na vida sexual, é natural que você, como mãe ou responsável, queira garantir que ela esteja protegida — não só contra uma gravidez precoce, mas também contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Essa conversa, que por muito tempo foi vista como tabu, precisa ser encarada com naturalidade e muito diálogo, sempre buscando respeitar o tempo e o espaço do adolescente. 

O meu papel como ginecologista é justamente ajudar vocês nesse processo, oferecendo informações claras e opções seguras nesta jornada. Vamos juntas?

Por que é importante falar sobre contracepção na adolescência?

É comum que algumas mães acreditem que falar sobre métodos contraceptivos pode incentivar a filha a iniciar a vida sexual. Mas a verdade é justamente o contrário!

Quanto mais informação de qualidade sua filha tiver, mais preparada estará para tomar decisões responsáveis ​​sobre o próprio corpo.

Além disso, conversar sobre contracepção não tem só o objetivo de evitar uma gravidez indesejada. Também é sobre prevenção de ISTs, estímulo ao  autocuidado e também fortalecimento de um vínculo de confiança entre vocês.

Se você tiver dúvidas sobre quais métodos são indicados para adolescentes , vou explicar os principais. 

Assim, quando essa conversa surgir aí em sua casa — e eu garanto que uma hora ela vai surgir —, você vai se sentir mais segura para orientar sua filha.

1. Preservativo: proteção dupla essencial

Popularmente conhecido como “camisinha”, o preservativo masculino é o único método que previne tanto a gravidez quanto as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). 

Por isso, ele é indispensável em qualquer relação sexual, mesmo quando uma adolescente já utiliza outro método contraceptivo.

2. Pílula anticoncepcional: segurança com responsabilidade

A pílula combinada, que contém estrogênio e progesterona, é um dos métodos mais utilizados pelas adolescentes. Quando usada corretamente, ela é muito eficaz para prevenir a gravidez .

Além disso, a pílula pode trazer outros benefícios, como regular o ciclo menstrual e reduzir aquele incômodo chamado cólicas, o que costuma ser um ponto positivo para muitas adolescentes.

Mas é importante fortalecer: a pílula não protege contra ISTs . Por isso, mesmo com o uso da pílula, o preservativo deve continuar presente.

3. Adesivo e anel vaginal: opções práticas e discretas

Para adolescentes que têm dificuldade em lembrar de tomar uma pílula diariamente, uma boa alternativa pode ser o adesivo anticoncepcional, que é colocado na pele e trocado semanalmente.

Outra opção é o anel vaginal , um pequeno anel flexível que a própria adolescente insere na vagina e troca a cada 3 semanas. Ambos liberam hormônios e têm eficácia semelhante à pílula , desde que usados ​​corretamente.

Muitos adolescentes gostam dessas opções por serem mais discretos e não exigirem cuidados diários.

4. Injeção trimestral: menos preocupação com esquecimentos

A injeção anticoncepcional , aplicada a cada 3 meses, é outra alternativa segura para adolescentes.

Esse método é especialmente indicado para quem tem dificuldade em seguir rotinas diárias ou semanais. A eficácia é alta, mas como em todos os métodos hormonais, não protege contra ISTs .

5. DIU: uma opção cada vez mais recomendada

Muita gente acredita que o DIU (Dispositivo Intrauterino) é indicado apenas para mulheres mais velhas ou que já tiveram filhos, mas isso não é verdade! O DIU, tanto de cobre quanto hormonal, pode ser usado por adolescentes e é uma excelente escolha para quem busca um método de longa duração e altíssima eficácia .

O DIU de cobre tem a vantagem de não conter hormônios, o que pode ser interessante para meninas que não podem ou não querem usar hormônios. Já o DIU hormonal, além de prevenir a gravidez, costuma deixar o fluxo menstrual mais leve ou até suspender a menstruação.

Esse método só pode ser adotado após o início da vida sexual ativa.

Como escolher o melhor método?

Não existe um método “perfeito” para todas as adolescentes. Cada menina tem sua rotina, seu estilo de vida, suas particularidades de saúde e suas preferências. Por isso, a escolha precisa ser individualizada , feita com calma e com muita informação.

Aqui no consultório, gosto de ter essa conversa de forma leve e respeitosa , para que todas se sintam seguras para tirar dúvidas e compartilhar suas preocupações. 

E claro, sempre valorizo ​​a participação das mães nesse processo, para que vocês também se sintam tranquilos com as escolhas feitas.

Contracepção é cuidado e liberdade

A adolescência é uma fase de descobertas — inclusive da sexualidade. Garantir que sua filha tenha acesso a métodos contraceptivos seguros, não é incentivo, é cuidado. É permitir que ela cresça com responsabilidade, conhecimento e liberdade para fazer suas escolhas de forma segura.

Se você sente que é hora de iniciar essa conversa ou quer ajuda para escolher o melhor método para sua filha, estou à disposição para acolher vocês e orientar esse caminho com muito respeito e informação.

Conte comigo!

Dra. Mariana Lemos Osiro

Dra. Mariana Lemos Osiro é médica ginecologista e obstetra, especializada em parto humanizado e ginecologia endócrina. Dedica-se ao cuidado da saúde feminina em todas as fases da vida, orientando desde a adolescência até a maturidade, com um atendimento acolhedor e individualizado. Para mais informações ou agendamentos, entre em contato pelo telefone (11) 98270-4007.

Espero que goste desse artigo escrito pela nossa equipe

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